sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Música secular, novela e filme: Pecado?

Recebo continuamente e-mails questionando-me:
É pecado ouvir músicas seculares e assistir novelas e filmes?
Decidi então escrever esta mensagem, na qual procuro responder esta questão à luz da palavra de Deus e aqueles que forem sensíveis ao Espírito Santo, certamente encontrará a resposta para esta pergunta.

Vivemos no tempo da graça, dias nos quais o Espírito de Deus está sobre a igreja, edificando as vidas e concedendo-lhes discernimento para agirem em conformidade com a vontade de Deus em todos os aspectos. A vida santa e pura (“...santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. Hb 12.14) nos habilita a desfrutarmos de intimidade com Senhor e na renovação de nossa mente, comungando as mesmas idéias e princípios. É o campo preparado para o agir do Espírito Santo que nos faz sentir a conveniência ou não de algumas ações.
É evidente que não encontraremos na Bíblia um versículo que aborde o tema, até mesmo, pela inexistência de tais situações. Paulo escrevendo aos irmãos de Corinto, disse: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas”. (1Co 6.12) Aqui está a sabedoria do servo, ao deixar o Espírito Santo falar ao coração. A nossa escolha é pela licitude das obras, boas obras “mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação”. . (1Pe 2:12)
Façamos uma reflexão:
Ouvir música secular edifica a vida? Muito pouco provável! Na verdade, as letras de tais músicas geralmente exploram temas como: erotismo, sexualidade, ilusões, espiritualidade, mentira, etc. mensagens que destoam dos princípios de Deus. Muitos artistas, falam abertamente de pactos celebrados com entidades, visando o sucesso. O servo de Deus não pode compactuar-se de forma alguma com o mundo. Há também a questão do testemunho. Será lícita esta prática? Jesus teria prazer em nelas?
Assistir Filmes e Novelas edifica a vida? As novelas exibidas em nossos dias são verdadeiros canais disseminadores de toda sorte de práticas contrária à Palavra de Deus. Uma escola que atenta diretamente contra a moral e os bons costumes. A Tônica é: sexo, adultério, fornicação, traição, mentira, inimizade, falsidade, espiritualidade, violência, etc. É lícito o servo de Deus ocupar diariamente a sua mente com tanta imundícia? Jesus seria um assíduo telespectador de novelas? Quanto aos filmes, é preciso ter o bom senso de assistir apenas aquilo que não traga dano à nossa comunhão com o Senhor. É comum nas telas, o errado tornar-se certo e o certo em errado, por exemplo, inúmeros filmes trazem personagens declaradamente maus, bandidos, assassinos, etc. que arrebatam a aprovação e até mesmo, o desejo de vê-los se dar bem. É o compactuar com as obras das trevas. É licito tal diversão? Jesus ocuparia o seu tempo assistindo filmes abertamente contrários aos princípios de Deus?
Irmãos é preciso aprender a analisar e avaliar tudo que tem acesso à vida e que enche a mente, seja através dos olhos e ou dos ouvidos. Se a tua mente está cheia de letras de música mundanas e cenas de novelas e filmes a tendência lógica é a pratica de tais ensinamentos. O Senhor Jesus nos alertou quanto a isto, veja: “Porque a boca fala do que está cheio o coração”. (Mt 12.34). É preciso humildade e santidade para reconhecer esta verdade e guerrear contra a carne, sujeitando-a totalmente a Deus. O viver precisa ser um testemunho vivo da glória de Deus. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5:16)
A vida do homem, não pertence a Ele mesmo, sim a Deus, que o santifica e o transforma em morada do Espírito Santo (“Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus”. 1Co 6.19); É lícito encher esta morada santa com as coisas impuras deste mundo? Deus chamou o homem e o separou para toda boa obra, para que nas suas ações Ele seja glorificado.
O que deve ocupar a mente do servo?
“Irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco”. (Fp 4.8,9) O homem segundo o coração de Deus observa os Seus princípios e sempre está com a porta da vida fechada para o diabo e suas más obras, que habilmente, entra pelos lares.
Afinal é pecado ouvir música secular, novelas e filmes? Após a leitura desta mensagem, tenho plena convicção que o Espírito Santo falou a teu coração e você sabe qual a resposta.“Ao Rei eterno, imortal e invisível, o único Deus—a ele sejam dadas a honra e a glória, para todo o sempre! Amém!” (1Tm 1.17)


Elias R. de Oliveira
www.vivos.com.br

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

(LEIA TUDO) A INFLUÊNCIA DAS NOVELAS

Falamos sobre a influência das Novelas na vida das pessoas e muitos daqueles que querem servir a Cristo e muitos dizem que não tem nada a ver, é só ver nessa reportagem o quanto e quão rápido suas práticas tomam lugar no dia a dia das pessoas.
IRMÃOS VAMOS VIGIAR!!!

Juraci Melo


Roupa de Bahuan da novela ganha espaço no comércio popular do Rio
Batas, túnicas, calças saruel e sandálias estão em exposição.Lojistas afirmam que procura aumentou muito com "Caminho das Índias".

De olho no personagem Bahuan, representado pelo ator Marcia Garcia na novela Caminho das Índias , lojas do centro de comércio popular do Rio decidiram abrir espaço nas vitrines e nos seus mostradores para a moda indiana, num movimento semelhante ao que ocorre com a moda feminina.
Em uma dessas lojas, é possível encontrar o guarda-roupa completo, com calças saruel, lenços e sandálias. Tudo "made in India", como requer o figurino.

Cláudia Loureiro Do G1, no Rio

Vejam essas notícias dos missionários na Índia

DOCUMENTO PRINCIPAL
From: JOCUM Recife To: Camilo
Sent: Friday, December 07, 2001 6:06 PM
Subject: India urgente
Hindus de língua hindi
País de Origem: Índia
Religião: Hinduísmo


Uma mãe está em pé, com água até a cintura no rio sagrado, o Ganges, levando nos braços o filho primogênito. As lágrimas rolam por sua face enquanto ela pensa no que está prestes a fazer. Tem que apaziguar os deuses para que o marido encontre trabalho. Tem que expiar seus próprios pecados. Oferecer seu filho como sacrifício é o único caminho que ela conhece para essa expiação: oferendas menores de comida e pequenos animais não trouxeram resultados. Ela respira fundo e com carinho o coloca dentro das águas imundas.
Na Índia, lar de quase um bilhão de pessoas, 800 milhões falam a língua hindi. A maioria dessas pessoas segue a religião hindu e nasce dentro de uma estrutura de castas que determina grande parte de suas vidas.
A poucos quilômetros, uma pequena procissão desce a rua. Vários meninos hindus estão sendo levados a um templo onde serão ofertados à deusa Devi. Décadas atrás um deles seria morto. Hoje um cabrito substitui o sacrifício humano. Mas crianças são vendidas à escravidão como prostitutas do templo. Muitas não sobreviverão à tortura, consumo de drogas e abuso a que serão sujeitas antes mesmo de atingir a adolescência.
Embora tenha havido um alcance significativo entre os hindus por mais de um século, o Evangelho tem penetrado principalmente nas castas mais baixas. Os cristãos indianos e os missionários pedem ao Senhor abertura também para o resto da população durante esta década. Muitos estão ministrando à multidão de crianças na Índia, talvez a geração mais alfabetizada e culta que a Índia tem conhecido. Que Deus levante pessoas como Josias, Timóteo e Davi nessa geração mais jovem de indianos!
Pois eu quero misericórdia, e não o sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.
Oséias 6:6
a.. Ore por liberdade e libertação para famílias de língua hindi que em desespero oferecem seus filhos aos deuses. Peça que Jesus Se revele a eles como o único sacrifício perfeito pelos pecados.
b.. Peça que Deus providencie empregos para os adultos que queiram trabalhar, e não encontram trabalho. Ore por surgimento de maneiras criativas que possam ajudar esses indianos tão empobrecidos.
c.. Louve a Deus porque grupos de hindus comprometidos estão demonstrando maior interesse pelo Evangelho. Ore pelo sucesso de eventos evangelísticos que estão programados para breve. Ore também para que hindus de altas castas continuem a chegar a Cristo em número cada vez maior.
d.. Ore para que os festivais hindus que celebram o triunfo do bem sobre o mal ofereçam oportunidade para os cristãos explicarem as boas novas do Evangelho.
e.. Peça que Deus proteja as vidas dos novos convertidos que enfrentam muita oposição dos familiares, amigos e empregadores quando se voltam para Cristo.
Para maiores informações: Hindi (Bazaar, Popular) of India, Awadhi Baiswari of India, Chhattisgarhi of India, Bundelkhandi (Bondili) of India, Kanauji (Western Hindi) of India, Bangri (Deswahi) of India, , Hindustani of India, Hindi of Bangladesh, Eastern Hindi of India, Awadhi Abadhi of Nepal, Hindi of Pakistan, Hindi, Fijian of Fiji, Indo-Pakistani of Zaire, Hindi of Myanmar (Burma), East Indian (Hindi) of Netherlands, Indo-Pakistani of Saudi Arabia, Indo-Pakistani of Yemen, Binjhwari of India, Hindi of Malaysia, Hindi of Sri Lanka, Hindi of Tanzania, Hindi of Bhutan, Hindi of Canada, Hindi of Mozambique, Indo-Pakistani of Cote d'Ivoire
Fonte JOCUM
JOCUM - Recife

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A PERSEGUIÇÃO JÁ COMEÇOU

Enfermeira é suspensa após orar por

Foi anunciado que os funcionários do NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) que falarem sobre sua religião com os pacientes podem perder seu emprego.Um documento do Departamento de Saúde alerta que, falar sobre religião com pacientes pode ser considerado incômodo ou intimidação.O documento, publicado no mês passado, não apresenta exatamente o que é aceitável, mas declara que ações que demonstrem má conduta podem levar à demissão.As notícias são particularmente irônicas para muitos hospitais, como os hospitais de Londres Saint Barth e Saint Thomas, que foram fundados, como muitos hospitais, por obra de caridade cristã.Isto aconteceu depois que uma enfermeira cristã que havia sido suspensa por oferecer oração a um paciente foi chamada para retornar ao trabalho.Seus superiores no NHS foram forçados a uma humilhante retratação depois que o caso provocou uma comoção nacional. Caroline Petrie recebu cautelosamente a proposta – mas não foi forçada a escolher entre sua profissão e sua fé.A Senhora Petrie foi acusada de não demonstrar compromisso com ‘igualdade e diversidade’, e enfrentou uma audiência disciplinar. Deve-se destacar que o NHS de North Somerset oferece serviços como capelania e salas de oração para uso de seguidores de todas as crenças.Porém, aqueles que a apoiam reinvindicam que ela foi uma vítima de discriminação religiosa. O NHS no distrito de North Somerset emitiu uma declaração dizendo que havia contatado a senhora Petrie e esperava que retornasse ao trabalho o mais rápido possível.No entanto, acrescentou: “É aceitável oferecer apoio espiritual como parte do tratamento quando o paciente pedir. Porém, para as enfermeiras, cujo principal papel é fornecer cuidados de enfermagem, a iniciativa deve ser do paciente e não da enfermeira”.“Enfermeiras como Caroline não precisam colocar sua fé de lado, mas crenças e práticas pessoais devem ser secundárias às necessidades e crenças do paciente, e aos requisitos da prática profissional.”“Estamos felizes por tomarmos esta posição clara de modo que Caroline e outros funcionários continuem a oferecer cuidado de alta qualidade para os pacientes enquanto continuam comprometidos com suas crenças.”A senhora Petrie, 45 anos, declarou que a proposta foi ‘uma boa notícia’, mas precisa de uma garantia firme de que suas crenças serão aceitas por seus superiores antes de reassumir suas funções como enfermeira substituta. Ela acrescentou que não sabia nada sobre a proposta de retornar ao trabalho até que o jornal entrou em contato com ela.“Eles ainda não falaram nada comigo diretamente”, disse ela. “Não estou certa de querer voltar ao trabalho antes de saber quais serão as implicações. “Gostaria de saber quais são os termos antes de tomar minha decisão.”“É muito difícil não perguntar aos pacientes se eles querem que eu ore por eles quando acredito que a oração é eficaz para os doentes. É uma questão de consciência para mim. Eu não deveria escolher entre ser uma cristã ou ser uma enfermeira.”Petrie havia perguntado a May Phippen, 79 anos, se queria que orasse por ela no final da visita domiciliar. A senhora Phippen não se ofendeu e não fez uma queixa formal. Mas disse a outra enfermeira que achou aquilo estranho e que poderia ser considerado preocupante ou ofensivo por outros se fossem de outras crenças ou poderiam achar que precisavam de oração por estarem muito doentes.A batista, que se tornou cristã dez anos atrás, após a morte de sua mãe, disse que suas orações tinham efeito real nos pacientes, incluindo uma mulher católica cuja infecção urinária desapareceu dias depois de ter feito uma oração.
Tradução: Cláudia Veloso
Fonte: Portas Abertas

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

VIMOS ALI GIGANTES

Exemplo de Josué e Calebe
"Vimos ali gigantes" (Nm 13.33)

Sim, eles viram gigantes, mas Josué e Calebe viram a Deus!Os que duvidam dizem: "Não poderemos subir".Os que crêem dizem: "Subamos e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela".Os gigantes representam , para nós, as grandes dificuldades; e os gigantes estão à espreita em toda a parte. Estão na família, na igreja, na vida social, e até em nosso próprio coração; ou nós os vencemos, ou eles nos devorarão, como disseram aqueles homens a respeito dos gigantes de Canaã.Disseram os homens de fé: "Como pão os podemos devorar:. Em outras palavras: vencendo-os, ficaremos mais fortes do que se não houvesse gigantes para vencer.Portanto, se não possuirmos a fé vitoriosa, seremos devorados, consumidos, pelos gigantes que há em nosso caminho. Tenhamos o mesmo espírito de fé que havia em Josué e Calebe; vejamos Deus: Ele tomará conta das dificuldades. É quando encontramos o caminho do dever que surgem os gigantes. Quando Israel avançou, apareceram os gigantes. Quando eles voltaram para o deserto, não encontraram nenhum.Há uma idéia muito comum de que o poder de Deus na vida humana deve erguê-la acima das dificuldades e dos conflitos. O fato porém, é que o poder de Deus sempre traz um conflito e combate. É de se pensar que em sua viagem missionária a Roma Paulo estivesse, por alguma poderosa manifestação de Deus, livre das tempestades e dos inimigos. Mas, ao contrário, sua viagem foi uma luta dura e longa contra as perseguições dos judeus, contra violentos temporais, contra víboras e todos os poderes da terra e do inferno, e quando foi salvo, foi salvo nadando até à ilha de Malta,segurando-se nos destroços do navio; por pouco não teve o mar por sepultura.Era isto próprio de um Deus Todo-Poderoso?Sim, exatamente. E Paulo nos diz que, quando colocou o Senhor Jesus Cristo como a vida de seu corpo, veio-lhe imediatamente um grave conflito; aliás, um conflito que nunca terminou, uma pressão que foi persistente, mas da qual ele sempre saiu vitorioso pela força de Jesus Cristo. A linguagem em que ele descreve isto é a mais eloqüente: "Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não abandonados; derrubados, mas não destruídos; levando sempre no corpo o morrer de Jesus para que também a sua vida se manifeste em nosso corpo."Que luta incessante!É impossível expressarmos em nossa língua a força das expressões do texto no original.

Há ali cinco figuras seguidas.Na primeira figura a idéia é a de inimigos cercando-o de todos os lados; entretanto não o podiam esmagar porque os exércitos celestiais os mantinham a uma distância razoável para que ele se livrasse. A tradução literal poderia ser: "Somos apertados de todos os lados, mas não esmagados".A segunda figura é a de alguém cujo caminho parece totalmente fechado e que, no entanto, avança; há luz suficiente para mostrar-lhe o próximo passo.
A terceira figura é a de um inimigo a persegui-lo ferozmente, mas ele não está só: o Divino Defensor está a seu lado.A quarta figura é ainda mais vívida e dramática. O inimigo o alcançou, feriu e derrubou. Mas não foi um golpe fatal: ele é capaz de levantar-se novamente, A tradução poderia ser: "derrubado, mas não derrotado". A quinta figura vai mais além, e agora parece ser a própria morte: "Levando sempre no corpo o morrer de Jesus". Mas a vida de Jesus vem em seu auxilio, e ele vive na vida de Cristo, até completar o seu trabalho na terra.Sim, lugares difíceis são a própria escola da fé e do caráter.Mas com Cristo somos mais que vencedores.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

UM NOVO MODISMO EVANGÉLICO

Pr. Ricardo Gondim Rodrigues

Eu estava no culto em que um pastor alardeou que obturações de ouro seriam dadas por Deus. Em instantes, as pessoas passaram a examinar umas às outras e pasmas, choravam afirmando que muitos dentes estavam divinamente restaurados. Presenciei um evangelista norte americano soprando – pretensamente como Jesus fez em seu ministério – e pessoas sendo jogadas no chão. Assustei-me com a trivialidade com que alguns pastores relataram seus encontros com anjos. Estupefato ouvi um novo modo de orar entre os evangélicos; as preces, agora vinham entrecortadas com ordens, exorcizando demônios. Inquietei-me com uma geração de evangélicos amedrontados com maldições e pragas. Imperativos que “amarravam” demônios me deixaram desassossegado. A igreja evangélica brasileira é muito frágil teologicamente. Por isso sofre com os mais diversos modismos. Lembro-me que, em um congresso para líderes, fui desafiado a falar sobre qual seria a próxima moda que varreria a igreja nacional. Recordo-me que precedi minha palestra afirmando que primeiramente, seria necessário entender que as forças do mercado agem com muita força na elaboração teológica. Qualquer movimento vindo do exterior e que tenha sido bem sucedido lá, será copiado. As lideranças evangélicas querem achar o método que alavancará suas comunidades. Se uma determinado estratégia mostra-se eficaz no exterior, aqui dificilmente se questionará a teologia que a alicerça. Segundo, o brasileiro é culturalmente místico. Tendemos aceitar acriticamente propostas teológicas que promovam experiências sobrenaturais. O brasileiro fascina-se pelo mistério e pela magia. Afirmei naquela palestra também, que, como o mundo pós-moderno, a igreja busca estratégias de resultado imediato. Acredito que os modismo não podem ser detectados com antecedência. Mas qualquer que seja a próxima onda, a igreja precisa estabelecer alguns princípios. Eles ajudarão que se embarque em novidades sem discernimento crítico.

A teologia da Cruz.
Paulo escreveu a sua epístola aos Gálatas, preocupado que houvesse acréscimos à cruz. Os fariseus convertidos queriam que, além da doutrina da redenção, se acrescentassem alguns preceitos essenciais ao judaísmo, como a circuncisão. Sua carta procurava enaltecer a total suficiência do sacrifício de Cristo. Ele acreditava que qualquer acréscimo à expiação de Cristo não apenas enfraquecia as bases do Cristianismo, como anulava-as. ”Eu, porém, irmãos, se ainda prego a circuncisão, por que continuo sendo perseguido? Logo está desfeito o escândalo da cruz”– Gálatas 5.11. Não seriam os movimentos de “Cura Interior” que se alastram nas igrejas evangélicas um enfraquecimento da doutrina do novo nascimento? Recebi de um leitor do Ultimato um formulário com quatorze páginas de um seminário de cura interior ministrado em várias igrejas pelo Brasil. O seminário é para cristãos que ainda carregam seqüelas do passado de pecado. A pessoa passa por uma longa sabatina, revolvendo toda a sua vida e procurando encontrar aberturas espirituais no passado que tragam maldições no presente. Buscam ser exaustivos e chegam às raias da paranóia. Indagam se a pessoa comeu cocada no dia em que se celebra Cosme e Damião, se os seus pais ou avós freqüentaram reuniões de cultos afro brasileiros. Querem saber se a pessoa sonha freqüentemente com “negros” em um flagrante preconceito que fere, inclusive a Constituição. Há encontros em que se praticam regressões até a vida intra uterina. Pede-se à pessoa que visualize o esperma do pai encontrando-se com o óvulo da mãe e que detecte sinais de maldição que tenha desdobramentos em sua vida presente. Mesmo aceitando que haja escolas da psicologia que advoguem a regressão como técnica terapêutica. Ela é inaceitável como prática espiritual. Não há como negar que uma pessoa convertida ainda pode carregar seqüelas emocionais, traumas psicológicos e até desequilíbrios psíquicos. Entretanto, é inadmissível que um cristão nascido de novo ainda necessite “quebrar” maldições de sua vida passada. A Bíblia contém inúmeros textos afirmando o contrário: “Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas...Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e de teus pecados não me lembro”- Isaías 43.18,25. “Pois perdoarei as suas iniqüidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei”- Jeremias 31.34. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”- João 8.36. “E assim, se alguém está Cristo, é nova criatura, as cousas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo”- 2 Coríntios 5.17. Mas uma cousa faço: esquecendo-me das cousas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”- Filipenses 3.13-14. Sessões de cura interior são inócuas para preservar qualquer pessoa espiritualmente, danosas na gestação de autênticos discípulos e um horror como cura psicológica. Alguém que se submeteu a uma sessão de “Cura Interior” corre o risco de entrar em uma paranóia espiritual e descobrir que continua sofrendo com seus traumas psicológicos, e pode facilmente se desesperar pois foi-lhe prometido que Deus a curaria instantaneamente.
O Evangelho Antropocêntrico.
Desde a Modernidade e com o apogeu do Iluminismo, homens e mulheres subiram em um pedestal. O mundo ocidental acredita que merecemos ser felizes e que tudo deve gravitar em torno de nos tornar plenos. Inclusive Deus. Devido a essa visão, aprendemos um conceito religioso egoísta. Entendemos como evangelho o anúncio de um Deus que nos faça bem. Que esteja ao nosso dispor. Assim, nossas preces se resumem a pedir. Queremos que nosso louvor seja agradável a nós mesmos. Compreendemos conversão como uma descoberta que nos fez mais felizes. Hoje, muitos evangélicos aprenderam a “reivindicar” direitos e “decretar” bênçãos. Recentemente vi um adesivo colado no vidro do carro de um crente que pedia: “Dê uma chance para Deus.” Quem será que necessita de uma chance? Deus ou homens e mulheres que se rebelaram contra Deus que é amoroso e bom? Estarrecido, soube que há encontros evangélicos onde as pessoas aprendem a “liberar” perdão para Deus. É o cúmulo! Inverteram-se os papéis. Deus agora precisa ser perdoado? Urge voltar ao anúncio do Reino em que ele é Senhor Soberano e amorosamente estende sua graça para todos.
Atalhos.
Tanto as forças do mercado como a tecnologia pós moderna condicionam esta geração ao imediatismo. Acredita-se que tudo pode ser resolvido no estalar de dedos. As propagandas na televisão conseguem solucionar os problemas de limpeza de uma casa, garantem seguro médico, prometem férias felizes, dão-nos prestígio. Tudo em 30 segundos. Buscamos também resolver nossos dilemas espirituais em rápidos momentos de um culto. Infantilmente acreditamos que bastam alguns momentos de êxtase espiritual para subirmos os penosos degraus da maturidade cristã. Paulo admitiu que necessitava mais do que surtos de adrenalina espiritual: “mas esmurro o meu corpo, e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”- I Coríntios 9.27. Não há atalhos na escola de Deus. Nada substitui o discipulado. Nenhum método suplantaria a igreja como comunidade terapêutica. Experiências com Deus se acumulam com amargas derrotas e felizes triunfos. Dia a dia aprende-se a fidelidade de Deus. Devemos olhar com cautela ministérios que prometem que em um simples final de semana os imaturos serão transformados em líderes capazes. É potencialmente desastroso montar uma estrutura eclesiástica em técnicas tão velozes. Os modismos são sinais dos tempos. Para não sermos levados por todo vento de doutrina, portemo-nos como os bereanos, conferindo com as escrituras todas as novidades que surgem no cenário religioso. Acreditemos que passarão os céus e a terra, mas a sua Palavra permanecerá.



Soli Deo Gloria.